Centro Cultural Laurinda Santos Lobo - local de realização das oficinas e de alguns espetáculos a serem apresentados. Rua Monte Alegre, nº 306, Santa Teresa - Rio de janeiro.
Após uma semana inteira de muita capoeira, aikidô, canto, dicção, circo, dança contemporânea e direção teatral, a segunda semana de oficinas da mostra Olonadé também promete uma profusão de troca de saberes, experiências, compartilhamento de ideias, provocações, reflexões e buscas no universo do artista, enveredado na linguagem e nas entranhas do ser negro.
Oficina de Dança Negra Contemporânea, ministrada por Rubens Barbot
Ao final da última semana de oficinas, foi notória a diferença que os encontros proporcionaram aos alunos. Muitos disseram que se sentiram transformados, revigorados, imbuídos de negritude e identidade. Outros disseram que simplesmente se sentiam bem por pertencer culturalmente e politicamente a uma rede de cúmplices de uma mesma luta.
A oficina de capoeira, por exemplo, mostrou o quanto é possível descobrir em si a corporeidade e ancestralidade. Muitos alunos que não se identificavam com essa arte, começaram a sinalizar neles mesmos os corpos e a vivência da capoeira angola, até então latentes. Pessoas que nunca imaginaram entrar numa roda, para jogar a capoeira, puderam manifestar pela primeira vez as suas vontades e possibilidades reverberantes em seus corpos.
A antropologia do gesto, a arte marcial como suporte do trabalho do ator
Amir Haddad com os seus alunos de direção teatral
Agora a programação segue com as oficinas de música, percussão, dança afro-contemporânea e interpretação, respectivamente com o professor Jarbas Bittencourt, Puan Viana, Zebrinha e Fernanda Júlia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário