segunda-feira, 19 de julho de 2010

O Encenador no Teatro Contemporâneo: Poéticas e Processos

"Realizar esta oficina de encenação com um grupo de jovens diretores da cena carioca foi uma importante troca de saberes e fazeres. Pudemos refletir sobre alguns caminhos da encenação contemporânea, especialmente quanto ao processo colaborativo de pesquisa artística. Os pontos fortes de nossos debates foram o conceito de encenação e visão de mundo, a idéia de "imaginário convocante" como fator de mobilização e as simulações sobre nossa prática teatral.

Como a maioria dos participantes é vinculada a algum grupo teatral, com suas linhas estético-ideológicas definidas ou em formação, a função do encenador esteve sempre em questão; em especial, no processo colaborativo, quando sua concepção vai adquirindo contornos de uma ação coletiva em que a visão e a prática do grupo dão forma progressiva àquilo que Peter Brook chamou "intuição amorfa"; ou seja, um processo artístico em construção, no qual as contribuições do grupo criam uma visão compartilhada de um poética em curso em direção à percepção do espectador do teatro contemporâneo."

 Luiz Marfuz
 (Diretor Teatral, Dramaturgo, Doutor em Artes Cênicas e Professor da Escola de Teatro da UFBA)

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